Vai viajar para a Islândia e quer saber o que fazer? Descubra 15 atrações imperdíveis para sua primeira viagem, com dicas práticas e locais recomendados por quem mora no país.
Você quer saber o que fazer na Islândia? Se você está planejando a primeira viagem à Islândia, é normal se perguntar o que realmente vale a pena visitar. Afinal, o país é conhecido por ter paisagens tão diferentes do resto do mundo que fica difícil escolher por onde começar. Como brasileira que mora na Islândia e recebe viajantes todos os meses por meio da Bull Expedições, posso te garantir: é possível montar um roteiro impecável sem perder tempo com atrações supervalorizadas.
Neste guia, reuni 15 atrações imperdíveis na Islândia que vão do clássico ao surpreendente – todas com fácil acesso, relevância visual e importância cultural. Se você quer saber o que fazer na Islândia com segurança, estrutura e emoção, este é o ponto de partida ideal.
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1. Círculo Dourado (Golden Circle)
O Círculo Dourado, ou Golden Circle, é o circuito turístico mais clássico da Islândia – e, sem dúvida, uma das melhores formas de começar sua jornada pelo país. Em apenas um dia, você consegue visitar algumas das atrações naturais mais icônicas da Islândia, reunindo geologia, história e paisagens de tirar o fôlego.
O passeio tradicional inclui três paradas principais:
- Þingvellir National Park, Patrimônio Mundial da UNESCO, onde você pode caminhar literalmente entre duas placas tectônicas (a da América do Norte e a da Eurásia) e conhecer o local do parlamento mais antigo do mundo;
- Geysir, uma área geotérmica ativa onde o gêiser Strokkur entra em erupção a cada poucos minutos, lançando jatos de água fervente a até 30 metros de altura;
- Gullfoss, uma das cachoeiras mais impressionantes da Islândia, com quedas em dois níveis que formam um cânion espetacular.
Mas o Círculo Dourado vai além. Duas paradas extras podem (e devem!) ser incluídas no trajeto para deixá-lo ainda mais completo:
- Kerið, uma cratera vulcânica que tem “apenas” 6.500 anos e um lago azul no fundo. É possível caminhar ao redor da borda pelo alto e também descer até a água. A coloração da terra vermelha contrasta com o azul do lago e o verde da vegetação, formando uma paisagem única. A entrada é paga (600 coroas islandesas – cerca de 4 euros ou R$ 25), mas vale cada centavo.
- Brúarfoss, uma das cachoeiras mais fotogênicas da Islândia, conhecida por sua água de tom azul-turquesa e as várias quedas que formam um “colar de espuma”. Para chegar lá, é necessário fazer uma trilha leve (cerca de 3 km ida e volta), o que ajuda a manter o local menos lotado e mais preservado.
Combinando todas essas paradas, o Golden Circle se torna um dos roteiros mais completos e acessíveis para quem quer descobrir o que fazer na Islândia em poucos dias, com experiências visuais e sensoriais que representam bem a diversidade natural do país.

2. Lagoa Azul (Blue Lagoon)
A Blue Lagoon, ou Lagoa Azul, é uma das atrações mais famosas da Islândia – e com razão. Essa piscina geotérmica de água azul-leitosa fica localizada em um campo de lava, perto do Aeroporto Internacional de Keflavík, e é perfeita para relaxar após um voo longo ou no último dia da viagem.
Além de ser uma experiência de bem-estar única, a Blue Lagoon oferece estrutura completa, com spa, restaurante, bar molhado e tratamento com máscaras de sílica. É recomendável comprar os ingressos com antecedência, pois a demanda é alta durante o ano todo.

3. Sky Lagoon
Para quem busca uma alternativa moderna e menos turística à Blue Lagoon, a Sky Lagoon é uma excelente opção. Localizada a apenas 15 minutos do centro de Reykjavík, essa piscina geotérmica à beira-mar combina arquitetura minimalista islandesa com uma vista incrível do Atlântico Norte.
O grande diferencial da Sky Lagoon é o ritual das 7 etapas – que inclui banho de vapor, esfoliação e sauna com vista panorâmica. É uma experiência mais intimista, ideal para casais ou viajantes que querem algo mais sofisticado sem sair da capital.

4. Ver a Aurora Boreal
Ver a aurora boreal na Islândia é o sonho de muitos viajantes – e uma das experiências mais mágicas que se pode viver. Entre os meses de setembro e abril, é possível observar esse fenômeno natural que colore o céu com tons de verde, rosa e roxo.
Para aumentar as chances, é importante monitorar a atividade solar com sites específicos e buscar lugares com pouca poluição luminosa. A Bull Expedições oferece saídas noturnas com guias especializados e fotógrafos profissionais que conhecem os melhores pontos de observação. É a melhor forma de aumentar as suas chances de presenciar o fenômeno.

5. Praia de Reynisfjara
A praia de areia preta de Reynisfjara, localizada próxima à cidade de Vík, no sul da Islândia, é uma das mais impressionantes do mundo. Suas colunas de basalto, falésias e cavernas formam um cenário dramático, que já apareceu em filmes e séries como Game of Thrones.
Apesar da beleza, é importante estar atento à força das ondas – conhecidas como “sneaker waves”. Nunca se aproxime demais do mar e respeite as sinalizações. Mesmo com os cuidados, esse é um dos pontos turísticos da Islândia mais memoráveis.

6. Lagoa Glaciar Jökulsárlón e Diamond Beach
Localizada na parte sul do Parque Nacional Vatnajökull, a Jökulsárlón é uma lagoa formada pelo derretimento de um glaciar. Blocos de gelo flutuam lentamente na água azul, criando um espetáculo visual único. Focas frequentemente são vistas nadando entre os icebergs.
Ao lado, está a Diamond Beach (Praia dos Diamantes), onde pedaços de gelo de diversos tamanhos, e que parecem diamantes, se acumulam na areia preta. É um dos lugares mais fotogênicos da Islândia, ideal para quem busca experiências visuais impactantes.

7. Caverna de gelo (Ice Cave)
Explorar uma caverna de gelo na Islândia é uma das experiências mais exclusivas que você pode viver no país. Essas cavernas naturais se formam no interior dos glaciares à medida que a água da chuva e do degelo escava túneis sob o gelo, criando câmaras azul-turquesa com formações únicas a cada temporada.
A maioria das ice caves só pode ser acessada durante o inverno, entre novembro e março, quando as temperaturas estão baixas o suficiente para garantir segurança. Nessa época, são organizadas expedições com guias certificados, que levam os visitantes de super jeeps até áreas remotas dos glaciares, como o Vatnajökull, o maior da Europa.
No entanto, também existe uma caverna de gelo artificial acessível o ano todo. Essa caverna foi escavada com segurança e oferece uma alternativa para quem visita a Islândia fora do inverno. A experiência é interessante, mas menos “selvagem” do que as cavernas naturais que só duram uma temporada.

- Recomendação: para uma experiência mais autêntica e visualmente impactante, prefira visitar no inverno, com guias especializados.
A sensação de estar dentro de uma caverna azul translúcida, cercado por um silêncio absoluto, é algo que fotos e vídeos não conseguem transmitir por completo. Sem dúvida, é uma das atrações mais imperdíveis da Islândia no inverno.
8. Seljalandsfoss
A cachoeira Seljalandsfoss é uma das atrações mais emblemáticas da Islândia – e uma das poucas no mundo onde você pode caminhar por trás da queda d’água. Com mais de 60 metros de altura, ela se destaca na paisagem por surgir de um penhasco, com um caminho escorregadio que contorna sua base. A experiência de passar por trás da cortina d’água é emocionante e rende fotos incríveis, especialmente ao pôr do sol.
Seljalandsfoss está localizada na região sul, às margens da Ring Road, a principal estrada que contorna a Islândia. A visita é gratuita, mas o estacionamento é pago. Leve capa de chuva ou roupa impermeável – sair molhado é praticamente inevitável, mesmo em dias ensolarados. Essa é uma parada obrigatória em qualquer roteiro de viagem pela Islândia, e costuma ser combinada com a próxima atração da lista: Skógafoss.

9. Skógafoss
Logo adiante de Seljalandsfoss está a imponente Skógafoss, uma das maiores e mais poderosas cachoeiras da Islândia. Com 60 metros de altura e 25 metros de largura, ela impressiona pela força do volume de água e pela névoa constante que se forma ao redor – o que, em dias claros, gera belíssimos arcos-íris duplos, tornando a cena ainda mais mágica.
É possível admirar Skógafoss da base (onde você provavelmente se molhará bastante) ou subir uma longa escadaria com cerca de 370 degraus até um mirante no topo, que oferece uma vista panorâmica do vale e do curso do rio Skógá. Essa cachoeira marca o início de uma famosa trilha de trekking chamada Fimmvörðuháls, que cruza áreas entre dois glaciares – ideal para viajantes mais aventureiros, pois conta com 22 quilômetros de extensão e envolve 1.000 metros de escalada.

10. Península de Snæfellsnes
Muitas vezes chamada de “Islândia em miniatura”, a Península de Snæfellsnes reúne, em um só lugar, diversas das formações naturais que fazem da Islândia um destino tão único. Nessa região é possível visitar vulcões, praias de areia preta, campos de lava cobertos de musgo, cavernas de origem vulcânica e até colônias de focas descansando nas pedras costeiras.
O destaque da região é o Snæfellsjökull, um vulcão coberto por glaciar que serviu de inspiração para o livro Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne. Outro ponto imperdível é o Kirkjufell, a famosa “montanha em forma de chapéu de bruxa”, uma das mais fotografadas da Islândia, especialmente ao lado das quedas de água de Kirkjufellsfoss. Essa montanha também foi cenário de Game of Thrones.
Essa península é perfeita para um bate-volta saindo de Reykjavík, embora o ideal seja dormir ao menos uma noite por lá para explorar com calma. É um dos lugares mais completos para quem quer ver tudo o que a Islândia tem a oferecer em pouco tempo.

11. Reykjavík
Embora muita gente venha à Islândia em busca de natureza bruta e paisagens remotas, vale a pena reservar pelo menos um ou dois dias para conhecer Reykjavík, a capital mais ao norte do mundo. Segura e cheia de personalidade, ela mistura tradição nórdica com modernidade criativa.
Entre os principais pontos de interesse estão a Hallgrímskirkja, a igreja luterana inspirada em colunas de basalto; o Harpa Concert Hall, com sua fachada de vidro que reflete o céu e o mar; e a Laugavegur, principal rua comercial, cheia de lojinhas, cafés, restaurantes e bares descolados.
Também é possível relaxar nas piscinas termais públicas, frequentadas pelos próprios islandeses, como a Sundhöll ou a Laugardalslaug. Para quem quer sentir a vida cotidiana na Islândia e conhecer a gastronomia local, Reykjavík é parada obrigatória.

12. Lagoa Secreta (Secret Lagoon)
Menos turística e mais autêntica que a Blue Lagoon, a Secret Lagoon é a piscina geotérmica mais antiga da Islândia, inaugurada em 1891 na vila de Flúðir. Suas águas chegam a temperaturas de 38–40°C durante todo o ano, criando um ambiente relaxante em meio a pequenas fontes termais e vapor que sai das pedras.
A estrutura é simples, mas bem cuidada, e o local é perfeito para quem deseja vivenciar a tradição islandesa dos banhos termais de forma mais tranquila e econômica. A Secret Lagoon costuma ser incluída em roteiros pelo Golden Circle e é uma excelente alternativa para quem quer fugir das multidões da Blue Lagoon.

13. Cânion Stuðlagil
O Stuðlagil Canyon é um dos segredos mais bem guardados do leste da Islândia – e uma das formações geológicas mais incríveis do país. Suas paredes são formadas por colunas de basalto perfeitamente alinhadas, criando um cenário surreal que parece esculpido à mão. No centro, corre um rio de tom azul-esmeralda (ou marrom, dependendo da estação e do volume de água), que contrasta com a rocha escura e rende fotos impressionantes.
Esse cânion só foi descoberto pelo turismo recentemente, depois que uma usina hidrelétrica desviou parte do fluxo do rio Jökla, revelando as formações basálticas. A trilha até os melhores mirantes tem cerca de 6 km (ida e volta) e é considerada de dificuldade moderada, com trechos de cascalho e elevação leve.
Localizado no Vale Jökuldalur (Vale Glacial), Stuðlagil é ideal para quem está dando a volta completa na ilha pela Ring Road. A visita exige um desvio de algumas horas, mas é altamente recompensada pela beleza única e ainda pouco explorada da paisagem.

- Dica importante: o cânion é mais fotogênico no verão (de junho a setembro), quando o nível da água está mais baixo e o rio exibe seu tom turquesa característico. No outono e início da primavera, o volume pode aumentar e a água ficar turva. Além disso, no inverno, a paisagem fica toda branca, e não é possível apreciar as cores do local.
14. Vestrahorn
A montanha Vestrahorn, localizada na península de Stokksnes, no sudeste da Islândia, é um dos cenários mais dramáticos e fotogênicos do país. Com picos pontiagudos que se erguem sobre uma praia de areia preta, dunas de grama e, em dias claros, reflexos perfeitos na maré rasa, esse é um lugar que parece saído de um filme de fantasia – e, de fato, já foi usado como locação para produções cinematográficas.
Vestrahorn é especialmente procurada por fotógrafos de paisagem, amantes da natureza e viajantes que buscam algo mais cênico e introspectivo. A região costuma ser silenciosa e com pouca gente, mesmo na alta temporada, o que faz da visita uma experiência imersiva.
A montanha fica próxima à cidade de Höfn, e o acesso à área de Stokksnes é feito por uma estrada particular, com entrada paga (cerca de 1.000 ISK por pessoa). A taxa permite circular por toda a propriedade, que inclui trilhas curtas, o café Viking Café (onde é feito o pagamento) e até uma réplica de vilarejo viking.

15. Cachoeira Dettifoss (Norte da Islândia)
Por fim, para quem vai além do sul e oeste da ilha e se aventura pelo norte da Islândia, a cachoeira Dettifoss é um espetáculo imperdível. Considerada a cachoeira mais poderosa da Europa em volume de água, ela impressiona não só pela força, mas pela paisagem desolada ao redor, que parece ter sido moldada por forças primitivas da natureza.
A Dettifoss fica na região do Parque Nacional Vatnajökull, próxima à cidade de Húsavík e ao lago Mývatn. É acessível apenas nos meses mais quentes, já que as estradas que levam até lá fecham no inverno devido à neve. Se você tem mais de uma semana no país e busca atrações fora da rota tradicional, incluir o norte da Islândia no seu roteiro é uma excelente escolha.


Jornalista, especialista em marketing digital e fundadora da Bull Expedições, agência que leva brasileiros para viver experiências personalizadas na Islândia. Com mais de 10 anos de atuação em produção de conteúdo e SEO, Anna Kellen mora no país desde 2022 e conhece de perto as paisagens, culturas e desafios do turismo local. Além de criar roteiros exclusivos, também compartilha informações práticas e confiáveis para ajudar viajantes a planejarem sua viagem com segurança, autenticidade e inspiração.